A empresa farmacêutica que comercializa o controverso medicamento que está a ser apelidado de "Viagra feminino" foi comprada por mil milhões de dólares (896 milhões de euros). A farmacêutica Sprout, cujo novo medicamento acaba de ser aprovado pela Agência para a Alimentação e Medicamentos, passa a pertencer à Valeant Pharmaceuticals, noticia o Financial Times..O medicamento, que agora vai ser comercializado com o nome Addyi, começou a ser desenvolvido nos anos 1990, como um anti-depressivo, pela empresa Boehringer. A Boehringer desenvolveu o medicamento até 2009, quando foi vendido à Sprout, que o fez aprovar pela Agência para a Alimentação e Medicamentos..A própria Sprout já tinha tentado essa aprovação duas vezes antes, em 2010 e em 2013. Mas só agora, na terceira vez, chegou a cobiçada aprovação..O comprimido cor de rosa, produzido pela Sprout Pharmaceuticals, destina-se a mulheres em pré-menopausa e com falta de desejo sexual. Segundo a BBC, deve ser tomado todas as noites para ter efeito..Mas os seus efeitos são "modestos", admitem peritos citados pela BBC, fazendo a comparação com o Viagra cair por terra - enquanto o comprimido azul se destina ao tratamento da disfunção eréctil no homem, o comprimido cor de rosa propõe-se a aumentar o desejo, a libido, uma área em que até o diagnóstico pode ser mais difícil. Assim, o flibanserin atua no cérebro, tendo como alvo os neurotransmissores que atuam na sensação de recompensa e prazer e que influenciam o humor.